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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Câncer Bucal


Na década de 90, o câncer bucal era o sexto tipo de neoplasia mais comum em homens e o 12º. tipo de câncer mais comum em mulheres. A frequência de acometimento, mais intensa em homens, estaria relacionado a maior ingestão de álcool, bem como ao tabagismo por parte da classe masculina. Porém, observamos no nosso cotidiano , uma elevação considerada de tabagistas no sexo feminino, portanto não surpreenderá se houver um aumento da incidência desta doença na ala feminina com o passar dos anos.

Vale ressaltar, que para o câncer bucal, o aspecto da hereditariedade não desempenha papel de importância, como ocorre no câncer de mama, ou seja, o câncer bucal está intimamente associado com estilo de vida de cada pessoa. O risco de câncer aumenta com a idade. Acomete principalmente homens brancos com mais de 65 anos. E em pessoas de origem afro-descendentes sua incidência começa a elevar a partir da meia-idade (em torno de 40 anos).

Não há um ÚNICO fator etiológico ou causador para o desenvolvimento do câncer bucal, são vários fatores que interagem entre em si. Há fatores extrínsecos, ou seja, fatores provenientes do meio ou agentes externos e há os fatores intrínsecos, que são agentes internos associados ao organismo. Acredita-se que se faz necessário a presença de mais de um fator para o desenvolvimento da malignidade.

Os fatores intrínsecos temos:

Deficiência de ferro – O ferro é essencial para o funcionamento das células epiteliais da boca, uma deficiência de ferro leva uma atrofia do tecido que reveste a cavidade oral.
Deficiência de vitamina A – esta vitamina é responsável pela produção de queratina das membranas bucais, portanto sua deficiência, leva um maior risco de desenvolvimento câncer oral.
Imunossupressão – transplantados, bem como indivíduos com síndrome da imunodeficiência adquirida tem maior risco de desenvolvimento de câncer, seja bucal ou não bucal.

O fatores extrínsecos há:

Tabaco – É um fator conhecido pelo população e tem grande relação com o câncer bucal e quanto maior a quantidade de cigarros fumados por dia, maior a probabilidade de câncer bucal. O cachimbo e charuto acarreta um risco muito maior para o câncer do que os cigarros comuns.
Álcool – Estudos mostram que o álcool isoladamente não é capaz de desencadear um processo de malignidade, porém ele é um potencializador de outros agentes como o fumo. Vale ressaltar que muitos enxuguatórios bucais, contem álcool em sua formulação e que podem potencializar os efeitos negativos do tabaco.
Radiação – Pessoas que sofreram exposição contínua de irradiação em região de cabeça pescoço, principalmente radioterapia, tem uma imunossupressão aumentando o risco de câncer bucal.
Candidíase oral – imunossupressão, idade avançada e higiene oral precária (seja por prótese não higienizada, seja por não utilização de fio-dental...) favorece a candidíase oral. Algumas cepas do fungo chamado Candida albicans produzem uma substância denominada nitrosaminas que estão relacionados ao desenvolvimento do câncer bucal.
Vírus ancogênicos – Há uma variedade de vírus que podem desenvolver vários tipos de cânceres. Sabe-se que um destes vírus, o HPV (papiloma vírus humano) é o único vírus que está relacionado não somente ao câncer de boca, bem como ao câncer de colo uterino, vulva e pênis.

Enfim, vale ressaltar, que o câncer bucal não surge repentinamente como uma grande lesão dolorosa ! O seu início se dá partir de lesão branca ou avermelhada indolor, que progride gradativamente. Portanto, a visita ao cirurgião-dentista é extremamente importante, bem como o auto-exame bucal !

"Lesões ou feridas bucais que não cicatrizam por mais de 15 dias merecem um atenção especial, pois podem ser lesões cancerosas."

Dra.Fabiana Cabral
Cirurgiã-dentista – CRO/RJ: 29916 – atendimento no Centro da Cidade do RJ
Site: WWW. dentistarj-fabianacabral.odo.br
e-mail: dentista@dentistarj-fabianacabral.odo.br

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