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sábado, 5 de fevereiro de 2011

O dente do juízo


O dente siso, vulgarmente conhecido como o dente do juízo - pois rompe ou irupciona na boca, por volta dos 18 anos - é o terceiro molar ou o dente que fica por último, lá no “fundo da boca”. Nossos ancestrais possuiam o quarto molar, que atualmente não existe mais nos humanos. Aliás, há pessoas que nem formam o terceiro molar, isto ocorre devido a uma evolução da natureza associado ao consumo de alimentos industrializados mais macios, pastosos o que exige uma menor necessidade mastigatória.

Vale relembrar, que aos 18 anos, o siso já está praticamente formado . Na Odontologia, fazer uma extração do terceiro molar a partir dos 25 anos de idade, já é considerado um indivíduo “idoso” para extração, sendo um fator a ser observado na programação cirúrgica da extração deste dente, pois com passar do tempo, mais aderido fica o siso ao osso.

Muitas vezes, encontramos pessoas com mais de 30 anos, falarem: meu siso está nascendo, porque eu estou sentindo uma dor lá atrás da boca ! Analisando o aspecto citado anteriormente, com certeza, a partir dos 22 anos em diante, se o terceiro molar não rompeu, ele já estará totalmente formado e certamente não romperá mais.
Mas afinal o que acontece quando este dente não rompe totalmente e as pessoas ainda sentem dores ???

O que ocorre é que o terceiro molar não se irupciona por falta de espaço, ficando incluso (quando o siso se forma dentro do osso, mas não consegue nascer), ou semi-incluso (quando só parte dele se rompe na boca.). Quando o dente fica semi incluso, a gengiva recobrirá o siso, mas não ficará aderida ao dente, isto facilitará a entrada de alimentos, bactérias, além de dificultar a higienização, ocasionando lesões cariosas e gerando maior probabilidade de infecção na região, que é a famosa pericoronarite, onde o indivíduo – caso não tire o terceiro molar – de vez em quando, desenvolverá este quadro, no decorrer de sua vida, que pode ser um quandro muito doloroso e até mesmo desencadear o trismo, que é dificuldade de abertura da boca.

Dependendo da posição do dente do juízo, ele poderá causar danos no segundo molar desencadeando uma reabsorção radicular, que seria uma destruição da raiz do segundo molar. Pelo fato de muitas vezes não ter espaço para ele, dificilmente o dente do juízo será extraído com a finalidade de gerar espaço para colocação de aparelhos ortodônticos.

Pode acontecer também deles nascerem todos alinhados, sem causar danos, mas para isto todos os elementos dentários (em cima e embaixo) devem nascer, pois caso contrário, mesmo alinhados a pessoa pode ficar mordendo a bochecha ou machucando a gengiva. Ou seja, manter o dente do juízo na boca ou extraí-lo, dependerá da avaliação dos danos que ele está causando.

DRA.FABIANA ROCHA CABRAL
CIRURGIÃ-DENTISTA
CRO(RJ) 29916 –
www.dentistarj-fabianacabral.odo.br

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